JEREMIAS DA ROCHA, PAI DA IMPRENSA MOSSOROENSE E PATRONO DA CADEIRA 30 DA ACADEMIAMOSSOROENSE DE LETRAS, FUNDADOR DO JORNAL O MOSSOROENSE EM 17 DE OUTUBRO DE 1872
"O pai da imprensa mossoroense", Jeremias da Rocha
Nogueira nasceu em Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, dia 29 de março de 1844, filho de Floriano da
Rocha Nogueira, poeta, e de Anna Rodrigues Braga, ou Ana Floriano, que ficou
conhecida na historiografia local por ter liderado o movimento conhecido por
"Motim das Mulheres", ocorrido em 1875.
intensamente sua breve vida, já que morreu aos 37 anos, em 29
de junho de 1881. Foi advogado provisionado pelo Tribunal de Apelação do
Recife; secretariou e advogou a Câmara Municipal de Mossoró de 1862 a 1873; foi
suplente de Vereador de 1877 a 1882 (não terminou o período); Juiz Municipal em
1858, primeiro suplente de Delegado de Polícia (1858) e sexto suplente de Juiz
Municipal em 1864
Em 17 de outubro de 1872, com o apoio de José Damião de Souza
Mello e Ricardo Vieira do Couto, faz circular o primeiro número do O
Mossoroense, órgão do Partido Liberal, destinado a combater os conservadores,
chefiados na cidade pelo vigário Antônio Joaquim Rodrigues. Segundo as palavras
do historiador Raimundo Nonato: "Era um jornal do povo, sentinela da
liberdade e porta-voz das inquietações da coletividade, das multidões
tumultuadas, dirigido por um idealista, um panfletário atrevido e violento, uma
figura do admirável jornalista desfilando nos limites da província, portador
das idéias liberais que engolfavam o século. Era o começo de uma era, que se
consagrava com o aparecimento da imprensa".
Em 20 de junho de 1873 se casou com a paraibana, de Catolé do
Rocha, Izabel Benigna da Cunha Viana, com quem teve três filhos: Cecília da
Rocha Nogueira, Agar e João da Escóssia Nogueira. O último filho, João da
Escóssia Nogueira, foi jornalista e sucessor de Jeremias na direção do jornal
por ele criado
Como reconhecimento ao seu trabalho em prol do fim da
escravidão, os seus restos mortais foram trasladados para o "Pantheon dos
Abolicionistas", no andar térreo do Museu Histórico Lauro da Escóssia, em
Mossoró.
Jeremias faleceu no dia 29 de junho de 1881